Sport empata com sabor amargo e acende alerta a Mariano Soso
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Sport empata com sabor amargo e acende alerta a Mariano Soso

 O Sport não faz mais de um gol numa partida desde o dia 11 de maio, quando venceu o Brusque, na quarta rodada da Série B, por 4 a 1 – desde então, já se foram 14 partidas. De forma sintomática, no recorte dos últimos seis jogos, a equipe rubro-negra soma apenas uma vitória (e contra o lanterna Guarani!).

  Sport não faz mais de um gol numa partida desde o dia 11 de maio, quando venceu o Brusque, na quarta rodada da Série B, por 4 a 1 – desde então, já se foram 14 partidas. De forma sintomática, no recorte dos últimos seis jogos, a equipe rubro-negra soma apenas uma vitória (e contra o lanterna Guarani!).

O sabor amargo do empate com gol sofrido aos 50 minutos do segundo tempo, diante de uma frágil Chapecoense, na noite desta terça-feira, em Chapecó, soma-se aos muitos sinais que não podem ser desprezados nem minimizados por efeitos outros da tabela: o Leão involuiu.

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Chapecoense 1 x 1 Sport | Melhores momentos | 17ª rodada | Série B 2024

Quando foi a última vez que o Sport fez uma partida incontestável na temporada? Difícil não remeter à vitória diante do Atlético-MG, em 22 de maio passado, pela Copa do Brasil. Mais parece que o jogo aconteceu num passado distante. O Leão de hoje mantém apenas traços da organização coletiva que fez dele forte até aquela altura do ano.

É verdade que a equipe rubro-negra sofreu nos últimos cerca de 50 dias com lesões de atletas relevantes – a exemplo de Rafael Thyere, Felipinho e Romarinho -, e que perdeu outros – tais como Alan Ruiz e Pedro Lima.

Mas não se pode se segurar nas mesmas muletas para sempre. É preciso encontrar soluções.

É neste ponto, em especial, que o trabalho do técnico Mariano Soso somatiza um viés negativo que encontra o seu auge na atuação diante da Chapecoense.

Lucas Lima, meia do Sport, foi substituído no jogo contra a Chape — Foto: Júlia Galvão e Tiago Pavão / Sport Recife

Lucas Lima, meia do Sport, foi substituído no jogo contra a Chape — Foto: Júlia Galvão e Tiago Pavão / Sport Recife

Sobretudo porque a equipe veio de dez dias livres para trabalhar, com dez sessões de treinamento desde o empate, em casa, na última rodada, contra o América-MG.

Apesar do retorno do lateral-esquerdo Dalbert e da estreia do atacante Lenny Lobato, pouco se notou de evolução em Chapecó. Pelo contrário. O Sport fez um jogo pior do que contra o América-MG.

Embora não tenha ficado no banco de reservas no jogo na Arena Condá por cumprir suspensão, Mariano Soso acompanhou a delegação a Santa Catarina. E pôde assistir de perto a mais uma partida tecnicamente fraca.

– Soso escalou uma equipe mais bem ajustada e o Sport foi melhor no primeiro tempo, mesmo sem uma grande atuação. Se manteve mais tempo no campo de ataque e forçou mais o jogo, sendo pouco exigido na defesa – observa o comentarista Cabral Neto, da TV Globo.

Mariano Soso, técnico do Sport — Foto: Paulo Paiva / Sport Recife

Mariano Soso, técnico do Sport — Foto: Paulo Paiva / Sport Recife

Os pontas Barletta e Lenny Lobatto não funcionaram bem, foram pouco produtivos, mas os jogadores da faixa central do campo compensaram, com destaque para Fabricio Domínguez, autor do quarto gol em sete partidas, e o atacante Zé Roberto, com mais uma assistência.

“Já no segundo tempo, a atuação da equipe foi terrível. Aceitou o crescimento da Chape, não reagia no jogo e as alterações promovidas só pioraram o que já era bem ruim”, analisa Cabral Neto.

– Algumas escolhas acabaram comprometendo ainda mais sua atuação. Barletta poderia ter saído antes, Lucas Lima não deveria ter saído e a frente da área defensiva precisava de maior ocupação. Pedro Martins seria uma alternativa muito mais viável que Pedro Vilhena. O Sport foi definhando ainda mais e “pedindo” para sofrer o empate até conseguir – complementa o comentarista.

Dalbert em Chapecoense x Sport — Foto: Tiago Pavão/Sport

Dalbert em Chapecoense x Sport — Foto: Tiago Pavão/Sport

Acrescento ao mesmo segundo tempo uma incômoda postura por vezes desinteressada do Sport, a marcação frouxa e a baixa produtividade na criação de jogadas.

A essência que deu certo no Leão foi a de uma equipe propositiva, com marcação alta, recuperação rápida da bola e de um jogo coletivo. Quase tudo ficou no passado.

Cabe a Mariano Soso dar provas de que é possível estancar e reverter, agora rapidamente – o Sport já volta a jogar no próximo sábado, contra a Ponte Preta, na Arena de Pernambuco – o quadro negativo do qual ele se tornou protagonista.

Caso contrário, a tendência de se intensificarem as críticas e a pressão sobre o treinador argentino, que já deu mostras de ter boas ideias e potencial para fazer o Leão buscar o acesso. Mas é preciso mais.

Enquanto isso, o alerta está aceso na Ilha do Retiro. Por melhores atuações e pela latente necessidade de mais reforços.

 

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